tag:blogger.com,1999:blog-59325265878482650032024-03-14T05:13:02.116-03:00PéNaCulturaUnknownnoreply@blogger.comBlogger152125tag:blogger.com,1999:blog-5932526587848265003.post-67831928088797339302011-07-05T11:14:00.000-03:002011-07-05T11:17:26.212-03:00A Era da estupidez!<embed src="http://blip.tv/play/AYHstFMC" type="application/x-shockwave-flash" width="480" height="390" wmode="transparent" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" ></embed>Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5932526587848265003.post-62466081275501311702011-07-05T07:03:00.003-03:002011-07-05T07:14:04.661-03:00O lado escuro da comidaFrango. Água. Maisena modificada. Soda para cozimento. Sal. Glicose. Ácido cítrico. Caldo de galinha. Fosfato de sódio. Antiespumante dimetilpolissiloxano. Óleo hidrogenado de soja com antioxidante TBHQ. Isso agregado a mais 26 ingredientes é o que conhecemos pelo nome de nugget. A receita é produto de um sistema que faz de lasanha congelada a tomates mais ou menos do mesmo jeito que se fabricam canetas, ventiladores ou motos. É a agropecuária industrial. Ela começa nos combustíveis fósseis. Petróleo carvão ou, mais comum hoje, gás natural são a matéria-prima dos fertilizantes. E os fertilizantes são a matéria-prima de tudo que você come hoje, seja alface, seja dois hambúrgueres, alface, queijo e molho especial - no pão com gergelim.<br /><br />Trecho da matéria publicada no site <a href="http://viver-sustentavel.blogspot.com/2010/12/o-lado-escuro-da-comida.html">Viver Sustentável</a> <br /><br />Super recomendo a leitura na íntegra deste texto inteligente, sarcástico, provocante, sistêmico!Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5932526587848265003.post-73616699813204152452011-07-05T06:21:00.004-03:002011-07-05T06:30:20.032-03:00"O uso de agrotóxicos no Brasil é abusivo, exagerado e incontrolável"Entrevista publicada na <span style="font-weight:bold;"><a href="http://www.ecoagencia.com.br/index.php?open=noticias&id=VZlSXRVVONVTVFzMXxmWhN2aKVVVB1TP">EcoAgência</a></span> com Jóse Juliano de Carvalho Filho que possui graduação e doutorado em Economia pela Universidade de São Paulo, e pós-doutorado pela Ohio State University. Além de professor, integra a Associação Brasileira de Reforma Agrária – Abra.<br /><br />Texto na íntegra aqui: <a href="http://www.ecoagencia.com.br/index.php?open=noticias&id=VZlSXRVVONVTVFzMXxmWhN2aKVVVB1TP">http://www.ecoagencia.com.br/index.php?open=noticias&id=VZlSXRVVONVTVFzMXxmWhN2aKVVVB1TP</a><br /><br />"Os agrotóxicos são usados sem nenhum controle pela sociedade brasileira. Seu uso está sob os interesses do que se chama de agronegócio. Olhando para o campo, veremos que há um mecanismo que torna o governo refém dos ruralistas. Neste mecanismo está embutida a própria questão macroeconômica, que tem um déficit crescente em contas correntes. Isso implica em pressão para se exportar mais commodities e o governo acaba ficando refém.<br /><br />Basta olhar para o Congresso Nacional e ver que ali há um domínio muito amplo dessas forças, que eu considero as mais retrógradas do país. Tenho visto muito a destruição e a inviabilização da agricultura familiar. Não só por causa do agrotóxico, mas pelo conjunto do modelo do agronegócio.<br /><br />Um caso emblemático no Rio Grande do Sul é a detecção do agrotóxico no leite materno. A mãe, ao amamentar, envenena o filho com o próprio leite. Isso é um absurdo, um descontrole total. Minha opinião sobre o uso de agrotóxicos no Brasil é que é abusivo, exagerado, incontrolável.<br /><br />Ficou muito mais difícil para a agricultura familiar. Quando se fala em integração da agricultura familiar com a indústria, eu vejo mais uma relação de subordinação. O Brasil se sujeita a se entregar à economia mundial num lugar subalterno e sob o domínio de grandes empresas multinacionais. Elas fazem o que querem aqui, sem regulação e com domínio total. E não são punidas por seus crimes."Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5932526587848265003.post-79616346321097222222011-07-05T05:55:00.003-03:002011-07-05T06:05:45.097-03:00Águas urbanas...<iframe src="http://player.vimeo.com/video/14770270?title=0&byline=0&portrait=0" width="400" height="225" frameborder="0"></iframe><p><a href="http://vimeo.com/14770270">ENTRE RIOS</a> from <a href="http://vimeo.com/user2460823">Caio Ferraz</a> on <a href="http://vimeo.com">Vimeo</a>.</p><br /><br />controlando a natureza da água...<br /><br />super recomendo este vídeo belo e esclarecedor!!!Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5932526587848265003.post-53789399575166071642011-06-28T04:17:00.001-03:002011-06-28T06:10:40.597-03:00Eu e Água - Eu -> Água<iframe width="425" height="349" src="http://www.youtube.com/embed/Hm46th-UsRE" frameborder="0" allowfullscreen></iframe><br /><br />Essa canção exprime muito do que tem sido estes dias, aqui dentro... pela emoção que causa e pela sua conexão metafórica.<br /><br />4 Luas e a <span style="font-style:italic;">experimentação</span> da Água.<br /><br />Uma noite longa com sonhos, daqueles que você julga especial, porque de uma forma ou de outra há uma espécie de encantamento, um sentimento, um laço de lembrança do mundo invisível.<br /><br />Algo mágico, seres mágicos que surgem do canto e enfeitiçam a mente e alimentam a intuição.<br /><br />Sonhar com um boto pode despertar uma certa curiosidade em uma bióloga que nunca foi apegada aos cetaceos, apesar de sua imensa admiração e afeto por esses graciosos seres. <br /><br />Mas sempre conheci biólogas super afinadas com eles! <br /><br />Eu por minha vez, curtia tudo, especialmente a relação dos seres, o sistema! <br /><br />sem esquecer que a beleza de cada relação, do micro ao macro, que é tão peculiar, mas também obedece uma cascata de eventos que se repetem nos seus diversos níveis fenomenológicos... e sendo caóticos ao mesmo tempo, um caos que impulsiona a criação ininterrupta de novas formas... pô cada coisa de cair o queixo, isso da natureza das coisas!!<br /><br />E nisso... de natureza.. eu uso até para interpretar os sonhos..rs<br /><br />Se sonho com gatos ou com um felino - outro ser qualquer... relaciono as habilidades do felino e como se comportam enfim, sua natureza... levo essa reflexão para o meu cotidiano, interior e externo a mim... <br /><br />Isso pode ser com sapos, aranhas, pássaros, besouros, plantas, seja lá o que for, estudo sua natureza para interpretar, como arquétipos mesmo!<br /><br />No mínimo construo relações interessantes.<br /><br />Quando sonhei com o boto, tentei estudar um pouco a fundo, mas por conta da demanda de coisas a pensar... fiquei na camada superficial, porém o caos fez com que as relações se revelassem no tempo.<br /><br />Dias depois e uma noite fria, ¨congelante¨ eu diria! - Amigos, fogueira e uma professora, uma mensageira da natureza, conduzindo o conhecimento nos meus fluxos hídricos; ela percorre os rios do meu interior, desobstruindo as barragens... <br /><br />Ao passo que liberto o fluxo, energia circula!<br /><br />E o que vem a seguir é pura magia!<br /><br />Uma lua após o sonho fui convidada à fazer um trabalho de campo com alunos de uma escola particular em duas ilhas... ¨que chato, meu escritório é o mato...rs¨ - Cananéia e Ilha do Cardoso,<span style="font-style:italic;"> me voi</span> :)<br /><br />Tenho buscado um reencontro comigo, dia a dia! Um reencontro com aquilo que acredito que pulsa aqui dentro e portanto, tenho encontrado!<br /><br />Contudo a essência questionadora e minimamente rebelde tem sacudido as estruturas... <span style="font-weight:bold;">algo da natureza</span>! devem ser os lobos dentro de mim...<br /><br />Com natureza e tudo, lá estava eu me envolvendo nas manifestações que estão pipocando por aí, na verdade algo que sei que tenho desejado à muito nas profundezas de meu ser e que por isso, é claro que o universo escultou; porque se você pede, olha.. vou te dizer uma coisa ... acontece, talvez não da maneira que você queira, mas acontece fih.<br /><br />A construção de uma hidrelétrica num lugar que precisa ser cuidado como um precioso santuário ecológico de funções essenciais ao planeta, pô! - me diz se não é para ficar muito incomodado?<br /><br />Fui lá gritar, tenho saído à gritar, existem várias maneiras de você tentar participar da construção do seu mundo, um deles, certamente é gritando!!! só que.. não deve parar por aí né! nem ficar gritando sem parar..rs<br /><br />E daí que de incomodada a gritar - para agente de ação à construir... pode ser um pulo e, lá vou eu fazer bolinho com um povo que acredita que se juntar... pode dar um caldo!<br /><br />Muito bem, porque tem é chão de estória...<br /><br />Certo e com isso, lá vou estudar o que está no centro e nas bordas dessa história e conectar pessoas.. ações, porém com um detalhe - <span style="font-weight:bold;">o tempo</span>, a falta dele!<br /><br />Tinha apenas uma Lua para isso, e era cheia com eclipse e tudo! Ah e tinham as ilhas e tinham os botos cinzas, como no sonho!<br /><br />Primeiro dia em Cananéia e a história da cidade me fez ter a seguinte inspiração: <br /><br />¨Cada vez que o homem tentou controlar a natureza de um rio, de todos os rios que conheço, de tudo que me lembro... o homem sempre se deu muito mau...¨<br /><br />Deixou de ser um importantíssimo porto para o país graças ao desenvolvimentismo apressado que insiste reinar nessa nação - herança da nossa colonização..<br /><br />Tentaram mudar a natureza do estuário e evidentemente, a água não obedeceu! ei, o/ isso de que a água <span style="font-weight:bold;">tem sua natureza</span>, é sério viu?!<br /><br />O tal porto? ficou impraticável.. não tem quem navegue na areia, isso de assorear acontece também, viu?<br /><br />Eu, no meio daquela história úmida, não perdi a deixa de debater com os jovens a relação do que seria Belo Monte, do que foi Itaipu e do que é Cananéia... São Francisco, Tietê, Tamanduateí, Anhagabaú, Pinheiros.. enfim, disso de controlar a natureza da água!<br /><br />N´outro dia, atravessar o mar -> Ilha do Cardoso!!!<br /><br />Uma ilha, um dia:<br /><br />* Costão rochoso e suas peculiaridades e as marés e a Lua - <span style="font-weight:bold;">Cheia!</span><br /><br />* Restinga e a função das bordas, zonas de amortecimento, de como um ecossistema ajuda outro, suas importantes interações!<br /><br />* Mata de encosta, nem preciso dizer que mata atlântica é um vislumbre de beleza e riqueza, seja de formas de vida, seja da rede intricada com os fatores abióticos, olha.. tem é coisa para aprender nisso!<br /><br />* Manguezal! daí gente é terreno de criação, o berçário da vida. <span style="font-weight:bold;"></span>Lugar abençoado pela água!<br /> - E aqui, vale comentar que mergulhar a cintura dentro do lamaçal de odor não tanto agradável.. foi algo que, caramba!! como vale a pena :-) todo mundo deveria brincar no manguezal um dia!!!<br /><br />* Praia, é claro! afinal, o que os jovens mais queriam depois do atoleiro era praia e graças aos céus!! -> anil, sem nuvens e o re-querido sol, presente! ufa<br />ah... e praia gente.. ecossistema também, vamos estudar!<br /><br />no final, olhaaa!! botos<br /><br />Tentei entender mais uma vez, a relação daquilo tudo? Mas calma, ainda é alimento.<br /><br />Pego o barco com um sorriso no rosto e no coração, lá na proa, olho o céu, busco a lua, afinal ainda tem o eclipse!<br /><br />Somente a encontrei após ter desembarcado em Cananéia, quando um aluno apontou o dedo no sentido da Ilha Comprida e disse: <br /><br />¨A Lua!!¨<br /><br />e no instante que olhei o <span style="font-weight:bold;">eclipse</span> acabava por escondê-la de vez, foi em fração de segundos, como num click - da prata ao breu!<br /><br />Deixei os jovens à tomar banho e corri para a beira do estuário, tinha um tempo livre para apreciar o fenômeno!<br /><br />Encostada num cercado, noite escura, vento suave no rosto, cheiro de água (quem disse que água não tem cheiro?!) olhar focado no azul! Cadê a lua?<br /><br />Por alguns curtos momentos, o brilho prateado em algumas nuvens desenhavam o céu com suas formas, e denunciava sua esperada aparição, mas era como um jogo de esconde... e de repente, escuridão total outra vez!<br /><br />Um pouco mais de sombra e começam a cantar as águas, olhei em frente e percebi a agitação repentina de suas ondas! Foi o som quem revelou! <br /><br />Ao passo que questionava o movimento, mirei o azul e eis que cintila no céu a prata!! - O brilho do sol refletido pela Lua. <br /><br />Instantaneamente o aprendizado, Lua e Água, suas relações, marés, emoções, daí que de emoção.. arrepiou mesmo!<br /><br />E participei de todo o desvendar-se da lua com um sentimento de relação profunda, da lua em mim, eu = água.<br /><br />Outra noite inspirada de estudo de si e de estudo da natureza, afinal com tudo isso, estava eu conectada à net mais outra madrugada, trabalhando duro para fazer valer o meu grito! <br /><br />E eis que chega a poesia, e eu? Deveria saber que nunca se deve desperdiçar uma poesia, afinal a mesma inspiração pode não mais aparecer outro dia...<br /><br />Três dias de viagem, três horas de sono por dia, deve haver uma relação numerológica nisso tudo além da pura loucura... <br /><br />No terceiro dia, conhecimento tradicional com quilombolas do vale do ribeira (local amado) e uma pérola que apesar de não ter a ver com água, sinto ser necessário imortalizar o momento!<br /><br />O Sr. José, um dos líderes quilombolas da comunidade, me respondeu o seguinte, após questioná-lo se ele haveria, algum dia, escalado até o pico daquela montanha alta e íngreme?<br /><br />- ¨Eu nunca fui não, fui naquela menor, que tá na frente. Mas tem umas pessoas aqui da comunidade que já foram, é meio longe né?!¨<br /><br />- ¨Mas dizem os antigos da região que aquela montanha é um vulcão adormecido!¨<br /><br />- ¨É sim! eles dizem que ele está adormecido porque aqui na região tem muitas formigas e tatus!¨<br /><br />- ?? ann<br /><br />- ¨É porque esses bichos furam a terra, sabe?¨<br /><br />- kkkkkkkkk e a montanha respira?<br /><br />- ¨Isso mesmo!¨<br /><br />Meu??, fala sério né?! que história linda e engraçadíssima!!! eu me contorcia em gargalhadas e ele me acompanhava! foi delicioso!!!<br /><br />Voltei para casa e mergulhei na agenda, nos artigos, matérias, vídeos, histórias - florestas, xingú, índios, energia, política...<br /><br />A magia da água permaneceu e continua fluindo nestes meus dias, como sinais, como símbolos, como mensagens!<br /><br />Engraçado que há uns dois meses atrás eu disse para o meu orientador no Instituto de Botânica, que ainda não tinha decidido qual seria o tema da minha tese de mestrado, mas que eu queria relacionar a biodiversidade vegetal como um elemento que proporcionasse resiliência nas águas dos sistemas agroflorestais... precisava criar um tema que coubesse à linha de pesquisa do instituto... é claro que o nível da pergunta ainda não era esse... ainda estava verde, precisando amadurecer!<br /><br />E eu, a esperar a tal inspiração! <br /><br />E com o minguar da Lua e Eu a minguar meu ciclo junto ao solstício de inverno... optei por casa, estudos de água. Estudos de dentro para fora e de fora para dentro, e nem imaginava que as águas ainda iriam me alimentar. Feriado prolongado, dedicação ao elemento e um domingo de chuva em pleno inverno, mais água!<br /><br />E pela dedicação aos estudos, ganhei esta frase de presente a partir de um vídeo, que está no post anterior a esse: <span style="font-weight:bold;">¨Quando as árvores abandonam a terra a água também se vai embora.¨</span><br /><br />Meio do dia e eu a atravessar a passarela aqui perto de casa, coisa que faço sempre... atravessar o rio, porém sempre mirando-o, afinal apesar dos pesares ele é um rio e portanto tem muito a me ensinar... e então, outro insight relativo à sua natureza.<br /><br />¨A água é um elemento de memória, conduz e distribui, portanto a água é mensageira da memória - de toda a memória.¨<br /><br />Daí que uma rede de aprendizados foi desenhada. Recordei de um aprendizado que tive com água há uns anos atrás, em um Igarapé de Rondônia, ao olhar atentamente para seu brilho e fluidez entre meus dedos, inspirei:<br /><br /><br /><span style="font-style:italic;">¨A água que corre agora pela superfície do meu corpo, que circula entre meus dedos.. já foi folha, já virou nuvem, já gestou um ser, foi outro ser, já esteve em mim e já foi minhoca, conheceu as profundezas da terra e voou no ar. Quanto tempo ela já vive na terra, compartilhando de tudo que nela vive? Caramba, eu posso saber o que é ser mineral e o que é ser nuvem e o que é ser folha, flor, fruta, semente, e conhecer da vida de qualquer outro ser vivo deste planeta ao passo que bebo água, porque sua natureza é a memória!! E todos podem experimentar o que é ser eu, na mesma gota d´água!" </span><br /><br />¨A água cria em <span style="font-weight:bold;">Nós</span>, Unidade!¨<br /><br />-------------------------------------------------------------------------------------------------<br /><br />E para expandir a teia, que de Lua e Água e Feminino há especial afinação... e nesse campo, ampliando o aprendizado junto com outras mulheres num circulo, fui à um espetáculo que fala de feminino, de lua, de água, de magia! -> alimentos, mais alimentos!<br /><br />Hoje, muito embora a chuva tenha cessado lá fora, ela ainda está a cantar aqui dentro! E foi esta canção que inspirou essa imagem:<br /><br />¨Eu e Água - Eu -> Água¨<br /><br />E foi dessa imagem que se formou a resposta que eu procurava:<br /><br />¨A importância da Biodiversidade Vegetal na resiliência hídrica dos sistemas Agroflorestais¨<br /><br />o caminho acadêmico deve ser por aqui... estou aberta para aprender com os rios, os diversos tipos que existem na superfície, no subterrâneo, na atmosfera, dentro da gente! Por isso, esta resposta ainda pode mutar porque <span style="font-style:italic;">nada é estável, já diria a água</span>!<br /><br />e tenho que dizer que esse é uma das lentes que usei para experimentar a água em mim, porque houveram outras, mas daí.. já seria um livro... e isso é um post.. apesar do tamanho..<br /><br />Se eu tivesse dado vazão à poesia, essa estória seria rima!<br /><br />Quanto ao Xingú, ah.. esse ainda tem (hi)estória para contar e eu desejo, em cada gota de água dentro de mim, que seja de sua natureza preservada!<br /><br />E dos meus gritos... pelos rios e pelas florestas... um estudo que alimenta minh`alma!<br /><br />Isso não é magia?<br /><br />Ahoo<br /><br />E a canção, aí de cima... um canto tradicional de uma cultura africana que ensina suas crianças através dos cânticos tradicionais, diz mais ou menos assim:<br /><br />¨Crianças, recolham o gado, guardem os animais que as grandes chuvas estão chegando. Precisamos proteger nossas riquezas.¨Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5932526587848265003.post-72795414245730160632011-06-24T23:12:00.005-03:002011-06-24T23:21:22.215-03:00"Quando as árvores abandonam a terra, a Água também se vai embora.."<span style="font-style:italic;">Cada vez que o homem tentou controlar a natureza de um rio, de todos os rios que conheço, de tudo que me lembro... o homem sempre se deu muito mau...</span><br /><br />O vídeo está dividido em 7 partes, todas obrigatórias à quem acredita que ainda tem força sobre teu destino e que acredita na força coletiva. Parafraseando um trecho do vídeo: <span style="font-weight:bold;">"A única força capaz de transformar o mundo, capaz de transformar a sociedade, é a capacidade de unidade, de organização e mobilização das pessoas para enfrentar qualquer Poder."</span><br /><br /><iframe width="425" height="349" src="http://www.youtube.com/embed/h3AwY_hgZqA" frameborder="0" allowfullscreen></iframe><br /><br /> É fundamental que você assista este vídeo e repasse aos seus, porque você tem tudo a ver com isso!Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5932526587848265003.post-51650618837557913732011-03-13T00:33:00.000-03:002011-03-13T00:34:32.204-03:00Meu nome pertence aos que me chamam!¨Com todo o perdão da palavra, eu sou um mistério pra mim. E eu suponho que me entender não seja uma questão de inteligência e sim de sentir, de entrar em contato. E nem eu me entendo, pois sou infinitamente maior que eu mesma, eu não me alcanço. Mas eu fui obrigada a me respeitar, pelo fato de não me entender. Qual palavra me representa? Uma coisa eu sei: eu não sou o meu nome. Meu nome pertence aos que me chamam.¨ - Clarice LispectorUnknownnoreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5932526587848265003.post-91488958309951404562011-02-26T12:00:00.007-03:002011-02-26T13:28:32.685-03:00Soberania alimentar e Biodiversidade!Segundo o Botânico Valdely Kynupp "Somos xenófilos, o brasileiro não come a biodiversidade que tem", nestes vídeos ele discorre sobre muitas plantas nativas que ocorrem espontâneamente e que infelizmente pela ignorância da população são consideradas como mato. As plantas que são mostradas são altamente nutritivas e de fácil propagação, algumas ocorrem em vários estados brasileiros. Não somente no Rio Grande do Sul, mas em cada região podemos encontrar outras espécies que também são vistas como mato, porém são ótimos alimentos. <br />Nestes quatro vídeos, além da demonstração das plantas alimentícias com seus potenciais nutritivos, são dadas as dicas de preparo!!!<br /><br />Vale a pena conferir!<br /><br />Ah.. e para quem quiser conferir o trabalho acadêmico do Valdely é só baixar o pdf: <a href="http://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/12870">http://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/12870</a><br /><br />E aproveitando o assunto, tem uma <a href="http://www.abcsem.com.br/docs/cartilha_hortalicas.pdf">Cartilha de Hortalicas Nao-convencionais do Ministério da Agricultura</a> para baixar!!! Bem legal, com receitas e tudo :-)<br /><br /><iframe title="YouTube video player" width="480" height="390" src="http://www.youtube.com/embed/03oix2gOFbI" frameborder="0" allowfullscreen></iframe><br /><br /><iframe title="YouTube video player" width="480" height="390" src="http://www.youtube.com/embed/laj4HOvKM5Q" frameborder="0" allowfullscreen></iframe><br /><br /><br /><iframe title="YouTube video player" width="480" height="390" src="http://www.youtube.com/embed/GiBzhH39fKA" frameborder="0" allowfullscreen></iframe><br /><br /><iframe title="YouTube video player" width="480" height="390" src="http://www.youtube.com/embed/0sYl9PmD_JE" frameborder="0" allowfullscreen></iframe>Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5932526587848265003.post-28225931157923518112011-01-22T09:06:00.009-02:002011-01-23T02:30:06.600-02:00A invasão das mulheres sem nome!Estava dentro de um carro num estacionamento esperando meu amigo André quando ouvi os primeiros prenúncios do temporal, olhei para céu e confirmei apertada que a água despencaria de lá das plumas com força total.<br /><br />Estava dentro do carro e assim permaneci quando a chuva torrencial executou sua dança de raios, trovões, ventanias, granizos e água, muita água, numa orquestra composta de sonoridades e imagens que vão além de suas intensidades.<br /><br />Me permiti a ignição do possante quando me vi ameaçada por um holofote que balançava ao meu lado como se fosse bambú... pensei: ¨esse troço vai cair em cima de mim!¨ Então rodopiei as quatro rodas em direção do nada que conseguia ver... mas saí daquele local apavorante e parei novamente para esperar que ao menos aquele espetáculo passasse a encenar seus últimos números...<br /><br />Na minha caixola, um áudio no modo repeat dizia: Putz... com certeza a casa encheu... afinal com bem menos água, 4 dias antes, eu já tive que me dedicar as tarefas do lar... mais conhecido pelas mulheres em geral como lerê!<br /><br />Deu a hora de tentar sair daquele palco e procurar outras arenas...<br /><br />Para chegar em casa, algo em torno de 1km de onde eu estava, tive rodar uns 5km para chegar ao destino... Eu e meu amigo André nos aventuramos entrando em tudo o que foi contramão para fugir de tantos alagamentos da querida Santa Terezinha; mais parecia um game, íamos passando de fase..rsrsrsrs<br /><br />E o áudio na cabeça a cantarolar o prelúdio do que já era...<br /><br />Depois de largar o quatro rodas na casa do amigo, segui aperreada rumo à minha casa, tentando ser otimista, como se isso me liberasse do pior...<br /><br />Na rua atrás da minha, o rio fez juz a sua força e sabedoria, expandindo suas margens e tomando conta de tudo ao seu redor, e como quem anda em corda bamba, lá estava eu me equilibrando no murinho do rio, para não cair em nenhum dos lados dele, afinal tudo já era um.<br /><br />Depois do desafio de não cair e ser levada downstream, olho e vejo a muvuca na esquina de casa, todos olhavam para o alto e não era para menos, a cobertura nova da vizinha tinha se desmembrado de sua casa e ganhou asas, parando somente nas correntes elétricas da eletropaulo... parecia mais uma instalação de arte – não para aqueles que perderam sua telhas, caibros e tals... of course!<br /><br />Entrei na minha rua e o lerê era geral, vizinhas lavando suas casas era o sinal que faltava (porque eu não queria ver o fato, mesmo com tudo o que já havia presenciado até então...) de que a água mais uma vez adentrou meu ninho... não que a água seja mal vinda em casa... é que água de esgoto definitivamente não é algo legal de se ter em lugar algum, quanto mais na tua casa :( <br /><br />Mas me dói profundamente chamar um rio de esgoto, mas é o que é, por enquanto....<br /><br />Um dos meninos da rua, ao me ver aproximando de minha casa perguntou: ¨Quer ajuda?¨<br />E eu: ¨Para quê?¨<br />Ele: ¨Para tirar a água da sua casa¨.<br />E eu, numa manifestação mais que petulante e incrédula respondi: ¨Não precisa, estou acostumada, grata!¨ … mal sabia o que me esperava..kkkkkk<br /><br />Abri a porta e mergulhei minha perna na piscina barrenta, nunca tinha vista nada igual!! <br />Água até o joelho em todos os cômodos... coisas a boiar e gatos ilhados, pobres coitados – assustadíssimos!<br /><br />Antes de processar aquelas informações todas e movida pelo instinto - salvar bichos!, destinando-os ao segundo andar... depois, um olhar panorâmico no tamanho do estrago e um momento de choque onde possivelmente as sinapses entram em colapso... <br /><br />Me dirigi a porta da rua abrindo-a para ver se conseguia enxergar algo além daquela água turva e de repente quem sabe, atinar a resposta, o feedback, buscar a saída daquilo... se bem que a vontade mesmooo, era de sair andando, passo a passo até, quem sabe, esquecer quem era eu... mas meu ascendente, bem representado por sua natureza terra, me puxou da água (literalmente) com o comando ¨Deixa pra chorar depois e bora que tem é coisa pra fazer!¨ <br /><br />Firma o pé mulher!!!rsrsrsrs<br /><br />Nesse instante, algo de surpreendente sucedeu: Sete mulheres sem nome, invadiram minha casa, sem ao menos pedir licença ou questionar se precisava de ajuda! Simplesmente adentraram munidas de baldes, coragem, força, calças arregaçadas e passaram a tirar a água de minha casa incessantemente!<br /><br />Lepstopirose, que nada – bora drenar essa aguaceira toda!<br /><br />Eu, parei!<br /><br />Devo ter ficado em choque por uns 30 segundos olhando aquela cena e refletindo rapidamente sobre ela. O que mais me martelava a cachola de marfim recheada de correntes elétricas e neurônios era: ¨Não sei o nome de ninguém!”<br /><br />Fantástico!<br /><br />Recobrei a memória de mim naquele espaço surreal da minha vida e cacei um balde para me juntar as mulheres sem nomes!<br /><br />Após esvaziar o rio que era minha casa, a missão era lavar tudo e pude contar com a ajuda do amigo André e sua super animada e disposta prima – Patrícia, munida de seu filho fofo!<br /><br />Desinfectar chãos e paredes para que no próximo dia pudesse iniciar a limpeza das coisas e verificar o prejuízo... para um biólogo, visualizar (imaginar) a proliferação das bactérias é o mesmo que ver um prato suculento de pasta ao pesto para um aficionado em massas faminto.... eu tinha mais do que certeza de que elas ali estavam!, e mais, crescendo indefinidamente!<br /><br />O detalhe de tudo isso era que por conta do temporal, havia acabado a energia elétrica e a água... só para facilitar, é claro... <br /><br />Dá para imaginar essa história toda acontecendo a luz de velas?, pois é... foi assim!<br /><br />Ao deitar na minha cama, me permiti derrubar 3 lágrimas, mesmo com um rio turbulento dentro de mim e me ative em recordar as mulheres sem nomes, que me ensinaram a receber solidariedade sem pedir e que me mostraram o que significa essência na prática! <br /><br />Olhar para elas me reanimou – recordar que há uma essência bela em cada ser, independente de qualquer coisa que seja!, gratidão poder ver! <br /><br />Renovação da fé no ser humano, ufa!<br /><br />Quanto ao rio, aquele dentro de mim, ainda veio a transbordar mais tarde, no outro dia, quando constei que todos meus mantimentos haviam se contaminado com a água, jogar toda aquela comida fora foi a tarefa mais difícil e dolorida de todas, aquilo tinha um quê de sagrado para mim e foi por isso que chorei, porém sem me esquecer das mulheres sem nomes!Unknownnoreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5932526587848265003.post-34384530964534274152011-01-17T14:38:00.004-02:002011-01-17T15:37:42.189-02:00Voa Canto!Primeiro o olhar<br />de tal brilho<br />de recordar estrelas<br />cintilantes no cosmos<br /><br />De volta à terra firme, <br />olho e vejo pés de Peter Pan<br />vestidos por algo articulado, <br />engraçado e curioso<br /><br />Tal miragem me levou a voar<br />entre galhos e folhas<br />da floresta encantada,<br />moradora da massa cinzenta<br />guardada a sete chaves <br />pela caixa dura de marfim<br />no topo desta estrutura que eu sou<br /><br />Pés no solo e olhos no ar<br />à mirar a beleza dos detalhes,<br />contemplando a seda...<br />Sua tecitura aquece <br />e protegem o sopro<br />de onde emanam o canto<br />Voa canto!<br /><br />Co-criando o canto,<br />a dança das mãos<br />dedilhando cordas afinadas<br />e canções de alma<br />fazem brotar singelas flores<br />coloridas, belas e perfumadas<br /><br />E pela luz do encanto, <br />me encontrei<br />foi um despertar de beleza<br />leveza e poesia,<br />recheado de acordes e sinfonias<br />com vislumbres de lábios, sopros e melodias<br /><br />E de sua beleza<br />falar já não cabia,<br />se via<br />se ria<br />se brilha<br />cintila...<br /><br />... e desse encanto nasceu a poesia!Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5932526587848265003.post-38050448902305436422010-11-29T01:30:00.001-02:002010-11-29T01:30:43.156-02:00Os neurônios que moldaram a civilização<a href="http://www.ted.com/talks/lang/por_br/vs_ramachandran_the_neurons_that_shaped_civilization.html">http://www.ted.com/talks/lang/por_br/vs_ramachandran_the_neurons_that_shaped_civilization.html</a><br /><br />Fantástica palestra de <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Vilayanur_S._Ramachandran">Vilayanur S. Ramachandran</a> sobre o cérebro e suas conexões, enfatizando que a rede neural transcende a barreira física de nossos corpos!<br /><br />São diversas as maneiras que nos conectam uns aos outros, uma rede altamente intrincada de encontros de tudo com todos!Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5932526587848265003.post-31763888460660256132010-11-26T13:12:00.003-02:002010-11-26T18:33:38.793-02:00A direção do amor"Às vezes não existem palavras que estimulem a coragem. Às vezes é preciso simplesmente mergulhar. Tem de haver em algum ponto da vida de um homem um período em que ele confie na direção que o amor o levar, em que ele tenha mais medo de ficar confinado a algum leito rachado do rio seco da psique do que de estar solto num território exuberante porém inexplorado. Quando uma vida é excessivamente controlada, cada vez há menos vida a controlar." - Clarissa Pinkola EstésUnknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5932526587848265003.post-30850829960686609792010-11-13T16:10:00.003-02:002010-11-13T16:15:30.380-02:00Pausa para Respirar!<iframe src="http://player.vimeo.com/video/16433446" width="400" height="225" frameborder="0"></iframe><p><a href="http://vimeo.com/16433446">Pausa para respirar</a> from <a href="http://vimeo.com/opovoempe">OPOVOEMPE</a> on <a href="http://vimeo.com">Vimeo</a>.</p><br />Intervenções importantíssimas para tirar do automático e provocar reflexão!<br /><br />Que isso cresça e floresça cada vez mais!<br /><br />Parabéns aos performers - OPOVOEMPÉ - belíssimo trabalho!!!Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5932526587848265003.post-22292485934935475422010-11-08T18:38:00.002-02:002010-11-08T18:59:09.766-02:00Reduzindo impactos dentro e fora do serImportante reconhecer nossos limites... sim, é claro que podemos nos esforçar para alcançar as mudanças e sempre fazemos isso quando de fato decidimos mudar algo, mas as vezes se faz necessário um esforço maior.<br />Porém, as vezes não queremos nos esforçar tanto por algo, já que são tantas coisas à decidir o tempo todo, tantas outras prioridades.<br />Vejo um bom caminho pela flexibilidade, se uma mudança puder ser flexibilizada, porque não?<br /><br /><object width="446" height="326"><param name="movie" value="http://video.ted.com/assets/player/swf/EmbedPlayer.swf"></param><param name="allowFullScreen" value="true" /><param name="allowScriptAccess" value="always"/><param name="wmode" value="transparent"></param><param name="bgColor" value="#ffffff"></param> <param name="flashvars" value="vu=http://video.ted.com/talks/dynamic/GrahamHill_2010-medium.flv&su=http://images.ted.com/images/ted/tedindex/embed-posters/GrahamHill-2010.embed_thumbnail.jpg&vw=432&vh=240&ap=0&ti=860&introDuration=15330&adDuration=4000&postAdDuration=830&adKeys=talk=graham_hill_weekday_vegetarian;year=2010;theme=a_taste_of_ted2010;theme=new_on_ted_com;event=TED2010;&preAdTag=tconf.ted/embed;tile=1;sz=512x288;" /><embed src="http://video.ted.com/assets/player/swf/EmbedPlayer.swf" pluginspace="http://www.macromedia.com/go/getflashplayer" type="application/x-shockwave-flash" wmode="transparent" bgColor="#ffffff" width="446" height="326" allowFullScreen="true" allowScriptAccess="always" flashvars="vu=http://video.ted.com/talks/dynamic/GrahamHill_2010-medium.flv&su=http://images.ted.com/images/ted/tedindex/embed-posters/GrahamHill-2010.embed_thumbnail.jpg&vw=432&vh=240&ap=0&ti=860&introDuration=15330&adDuration=4000&postAdDuration=830&adKeys=talk=graham_hill_weekday_vegetarian;year=2010;theme=a_taste_of_ted2010;theme=new_on_ted_com;event=TED2010;"></embed></object>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5932526587848265003.post-84015956119306202522010-10-19T18:51:00.000-02:002010-10-19T18:56:20.526-02:00Uma Belíssima definição de Deus“Nos olhamos com perplexidade a parte mais alta da espiral de força que governa o Universo. E a chamamos de Deus. Poderíamos dar qualquer outro nome: Abismo, Mistério, Escuridão Absoluta, Luz Total, Matéria, Espírito, Suprema Esperança, Supremo Desespero, Silêncio. Mas nós a chamamos de Deus, porque só este nome – por razões misteriosas – é capaz de sacudir com vigor o nosso coração. E, não resta dúvida, esta sacudida é absolutamente indispensável para permitir o contacto com as emoções básicas do ser humano, que sempre estão além de qualquer explicação ou lógica.” - <a href="http://g1.globo.com/platb/paulocoelho/2010/10/19/kazantzakis-e-deus/">Nikos Kazantzakis </a>Unknownnoreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5932526587848265003.post-55296487193656145582010-09-09T23:40:00.022-03:002010-09-10T02:42:56.671-03:00Um pouco sobre o paisagismo de Santo AndréHá tempos tenho pensado em postar algumas coisas das quais me orgulho de ter participado e que hoje em dia me entristece olhar e constatar os rumos tomados...<br />Em setembro de 2008, escrevi aqui sobre a importância dos fragmentos florestais e citei um dos aspectos contemplados no paisagismo da cidade de Santo André, o post tá <a href="http://penacultura.blogspot.com/2008/09/fragmentos-florestais-e-as-espcies.html">aqui</a>! <br />O que me fez sair do plano das idéias para o mundo das ações no caso específico deste texto foi um micro post que fiz hoje no facebook: ¨Caminhando por pontos altos de minha cidade, subindo viadutos e passarelas num bonito fim do dia pensei, o quanto é privilegiada a vista por cima da copa das árvores, ainda mais quando a diversidade está contemplada! Dá para entender a alegria dos passarinhos que sobrevivem na floresta cinza....¨<br />Daí, pensei então: Já chega de adiar esse desabafo né!?, bora ampliar este post... aqui estou!<br />Então para contextualizar o dito acima, precisamos retornar ao ano de 2002... onde eu e mais uma galera boa (boa parte de estudantes e pesquisadores do Instituto de Botânica de SP e outras importantes instituições de pesquisa e ensino) fomos selecionados para um projeto chamado ¨Tudo em Volta¨, da cidade de Santo André, que visava dentre vários objetivos, conectar a educação do munícipio com as mudanças paisagísticas e ecológicas da região, uma parceria entre a Secretaria de Serviços Municipais (mais precisamente o DEPAVE - Departamento de Parques e Áreas Verdes) e a Secretaria da Educação.<br />O projeto funcionava como sistema e vou tentar explicar abaixo:<br />1.<span style="font-weight:bold;">Conexão com outro projeto genial, chamado ¨Santo André Cidade Botânica¨</span> - a idéia principal era ao invés da cidade possuir um jardim botânico, a cidade ser o jardim! Para isso, uma grande equipe de engenheiros agrônomos, civis, arquitetos, técnicos de várias áreas e os jardineiros trabalhavam como uma grande equipe coesa para a implementação da idéia, era fácil observar a paixão da maioria no fazer de tudo isso...<br />- Santo André tem um viveiro municipal, muito bem localizado (por questões ambientais mesmo) e que tinha (não sei como está hoje em dia..) um estrutura de produção de espécies interessante!<br />Lá eram feitas as reproduções das plantas de médio e grande porte para a cidade, o melhor? - grande parte da produção era de árvores nativas de mata atlântica que minimamente teriam e tem a nobre função de alimentar algum ser vivo que insiste em sobreviver por estas bandas... pássaros, morcegos, insetos e outros... Neste espaço experimentar era possível e apoiado, muitas plantas foram produzidas pela curiosidade de alguns agronômos que recolhiam sementes florestais de mata atlântica e estudavam sua germinação, produção em escala e quando tudo dava certo -> cidade!<br />- Outro fator muito importante que foi considerado foi a organicidade e funcionalidade das formas dos espaços, trocando em ¨miúdos¨... locais como canteiros, praças, morros, parques, calçadas, quando desenhados os croquis da intervenção, os técnicos e especialistas do assunto consideravam a topografia como elemento funcional para a absorção das águas das chuvas, pois se você pegar um terreno e terraplanar, com bem pouca chuva terás um charco, afinal a água não tem para onde escorrer, quando este satura, encharca e ainda o peso da água ajuda a compactar o solo... furada! Porém, se o terreno é cheio de ondas, curvas, morrinhos e tals... você ¨obriga¨ a água passear pelo solo, que encontram naturalmente os canais de infiltração e no máximo terás alguns pequenos pontos de alagamento se a chuva for bem forte.<br />- Um ponto interessante desta concepção era o de ¨ajudar¨ os moradores da cidade à se integrarem a este ambiente, sendo assim as calçadas, praças e canteiros tinham seus caminhos traçados no meio da vegetação, ao contrário do que se vê nas cidades (os caminhos sempre estão nas regiões periféricas - do lado de fora da praça, canteiro e tals...) assim, acabamos nos habituando em andar nas ruas olhando para carros e prédios; no caso desta mudança, os caminhos que as pessoas precisavam trilhar era cercado de plantas ornamentais (com flores de variadas cores, formas, cheiros, funções) e frutíferas de ambos os lados (quando tinham os lados...). Tudo em Volta, de novo... Quanto as herbáceas (aquelas plantinhas pequeninas que podemos utilizar para forrar o solo, e algumas podemos até chamar de forrageiras), sua produção era feita nas próprias praças, afinal uma característica importante deste tipo de planta é a capacidade de ¨forrar¨ o solo, portanto em um curto período de tempo, o solo da praça era tomado por tais plantas e aos poucos adensavam; chegavam os jardineiros, retiravam uma parte daquelas plantas e as plantavam em outra praça, calçada e etc... as que ficavam, rapidamente cobriam a clareira formada e assim as praças se tornaram viveiros funcionais na cidade (e não dá pra dizer que é um projeto permacultural?).<br />- Os jardineiros, antes conhecidos como frente de trabalho, ganharam mais uma qualificação, aprenderam a cuidar de jardins, tornaram-se jardineiros - fundamentais na execução e manutenção do projeto (o que aconteceu à eles agora?) Soube de alguns que já tinham carta livre para desenhar algumas praças com total confiança de seus supervisores, bravo!<br /><br />2. <span style="font-weight:bold;">Transformação arquitetônica e paisagística das escolas da rede municipal </span>- O ¨Tudo em Volta¨ era um projeto de sentido de palavra... uma das ações aplicadas nas escolas era a pintura geral da escola utilizando cores, muitas cores, de maneira harmônica e alegre, os espaços ganhavam vida! Outra implementação era a derrubada de muros, ou parte deles para a colocação de alambrados que proporcionavam limite ao espaço escolar, porém sem a idéia de fortaleza, local não bem vindo de qualquer indivíduo não escolar.. a idéia? Integrar a escola ao ambiente inteiro e integrar o ambiente à escola (Tudo em Volta começa a fazer sentido, não?!). As escolas eram reformuladas paisagisticamente, onde plantas que estavam sendo introduzidas nos espaços da cidade (praças, canteiros, parques, calçadas) também entravam nos espaços da escola, além da construção de coleções botânicas na própria escola, onde os professores que interagiam com o projeto (via Secretaria da Educação) assumiam tais espaços como recursos didáticos em seus projetos, disso nasceram mini orquidários, hortas, terrários, eleição de árvore símbolo da escola (tal árvore de fato existia na escola) entre outras coisas...<br /><br />3. <span style="font-weight:bold;">Parque Escola</span> - local onde tive meu primeiro contato prático com a permacultura, porém não se utilizava este nome, pelo menos pelo doidão que eu tomo a liberdade de nomear como grande cabeça desta história toda, um Arquiteto Paisagista que facilmente atribuo como Metarecicleiro, Permacultor e Botânico, pelo menos... sem dizer que era doidão mesmo, no bom sentido é claro! A experiência de trabalho com ele, para a maioria dos que viveram este momento (daquela galera boa da qual falei acima) foi genial e certamente inesquecível. O Parque Escola foi recriado por este figura com base em reaproveitamento de materiais locais de todos os tipos (troncos de árvores mortas, vidros de ônibus velhos, containers da construção civil, calhas do tamanduateí, paralelepipidos (retirados das ruas da cidade para o asfaltamento), madeiras, telhas, calhas... foram tantos, tantos materiais que não caberia nomear todos, mas não poderia esquecer de um grande alambique que ganhou função de armazenagem de água da chuva! Com tudo isso em mãos vários espaços interessantíssimos foram construídos num desenho orgânico, sistêmico e belo! <br />- Citando uns espaços (obs. no caso abaixo, toda palavra que acabar com ¨ário¨ quer dizer coleção): Bromeliário, Orquidário, Insetivorário (mais conhecido com carnivorário, ou plantas carnívoras), Cactário e Suculentário, Horta Orgânica, Horto de Medicinais, Bosque, Biblioteca, Espaço Multi-Uso (oficinas de arte), Carpoteca, Estufa, Auditório, Esporo Metareciclagem.<br />Este espaço concentrava os multi profissionais, afinal dividia espaço com o DEPAVE, então a troca e a aprendizagem era fator intrínseco no nosso dia a dia, aliás os educadores (biólogos em sua grande maioria) sempre estavam envolvidos nos trabalhos de campo dos agrônomos e jardineiros de alguma maneira, fosse identificando espécies, fosse dando aulas de jardinagem para a comunidade (as práticas sempre eram plantar algum jardim da cidade!), coletando amostras de bromélias para controle de dados da dengue, enfim trabalho à fazer na cidade nunca faltava e essa miscelânia de projetos, objetivos e profissionais davam um gosto mais que especial ao ¨Tudo em Volta¨.<br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgBGVuITht5xiMY49t0qNu235tSIoxcg7nwnPwpSTwXnMo_Wxkw5o7g4I6UO76_S2FFMnLP-QkNniTQy2bOFhXKTv9hyzndzOb64kYruyY3F-35VmyVzt07sWt4T5joHgCUZgkVjurr0-mf/s1600/cactario2.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 300px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgBGVuITht5xiMY49t0qNu235tSIoxcg7nwnPwpSTwXnMo_Wxkw5o7g4I6UO76_S2FFMnLP-QkNniTQy2bOFhXKTv9hyzndzOb64kYruyY3F-35VmyVzt07sWt4T5joHgCUZgkVjurr0-mf/s400/cactario2.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5515147645724633426" /></a><br />Foto do Cactário - Fonte: Marcus Corradini - <a href="http://marcuscorradini.blogspot.com/2008_07_01_archive.html">http://marcuscorradini.blogspot.com/2008_07_01_archive.html</a><br /><br />- Um dos focos do Parque Escola no Projeto Tudo em Volta era o de receber as escolas (principalmente da rede municipal, que estava inserida no contexto integral do projeto) para o que chamávamos de ¨Aula Passeio¨. Nestes encontros, os educadores ambientais desenvolviam coletivamente com os alunos uma busca por um olhar mais apurado para o que estava acontecendo na cidade, a importância disso, a correlação com a questão ambiental, enfim trabalhávamos com a leitura da paisagem em suas diversas facetas e metodologias para integrar as crianças (na sua maioria) à Tudo em Volta, vislumbrando com isso uma ¨sensibilização¨ pelos moradores da cidade e de outras também é claro!<br /><br />Fatos, dados, idéias fantásticas destes projetos certamente eu não citei, para isso teria que me dar ao prazer de escrever um livro sobre a história, pena ter tão pouco registro dessa história! Isso é apenas um resumo do resumo do resumo...<br /><br />Possivelmente alguns leitores deste post irá perguntar: Tá, tudo isso, mas onde entra a reflexão de hoje, em cima de um viaduto contemplando copas de árvores, onde está o manifesto?! rsrsrsr<br /><br />O que acontece é que em algum ponto, onde o essencial, necessário, útil, dá lugar ao imediatismo ou para ser mais precisa, à política do ego!<br />Foi só mudar a administração da cidade, para ver o Tudo em Volta ir por água a baixo...<br />Todo o esforço dos jardineiros (frente de trabalho, arquitetos, biólogos, agrônomos, engenheiros) tem sido arrancado dos espaços verdes para a substituição das gramas da empresas terceirizadas...<br /><br />A fauna que retornou à Santo André pela diversidade verde antes criada, vai ter que procurar outro lugar para alimentar-se...<br />Coisas absurdas, como corte (sem nenhuma razão) de plantas de médio e grande porte pela metade, deixando um aspecto de abandono, feiura... sem dizer que as plantas que antes existiam, imitavam o aspecto visual da nossa flora brasileira (alguém já viu algo parecido em nossos ecossistemas com as praças gramadas com árvores distantes umas das outras?).<br />As forrageiras tinham outras funções que a grama não pode agregar, sendo uma delas a de esconder a sujeira da cidade, na época em que estes espaços existiam, pouco se via de lixo, as plantas as escondiam (o efeito de local limpo, favorece a limpeza - vide Curitiba e metrôs), agora com a grama aparadinha... muito lixo a vista!<br />Também ocorria que estas forrageiras (de espécies diferentes) faziam uma recomposição de alguns nutrientes no solo, quando suas folhas secavam e se agregavam ao solo... <br />A grama aparada e posteriormente ¨varrida¨, não pode nutrir a terra...<br /><br />E porque tudo isso? Porque nós, moradores deste local não fomos ouvidos? Porque não quiseram saber o que pensávamos sobre o verde da cidade? Se nos apropriamos à ele ou não?, afinal na época do projeto, muito se ouvia da comunidade coisas como: a cidade tá mais verde, a cidade tá mais bonita, mas não sei porque....<br />Pessoas se manifestando contra essa ignorância municipal coletiva, tem! ah sim<br />Mas continuamos não sendo ouvidos, ouvidos?, quem ouve?<br /><br />Eu ouço os passarinhos, que dia após dia, reunem-se em assembléia em copas de árvores floridas de Santa Terezinha para comunicar a vida e me inspirar para quem sabe um dia discorrer alegrias!<br /><br />Depois do micro post do facebook, um macro post por aqui, finalizo deixando um link com uma sátira mais que inteligente sobre árvores voadoras, que veio muito a calhar com a inspiração causada pela observação das copas dar árvores...<br /><br /><a href="http://veja.abril.com.br/blog/denis-russo/clima/o-ataque-das-arvores-voadoras/">http://veja.abril.com.br/blog/denis-russo/clima/o-ataque-das-arvores-voadoras/</a>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5932526587848265003.post-63931392329690612252010-08-23T12:29:00.005-03:002010-08-23T12:41:45.366-03:00Mantendo a conexão!Músicas como essa, conseguem acessar estados da alma num acesso rápido e certeiro.<br />Bate como um tambor, ritimado com as batidas do coração!<br /><br /><object width="640" height="505"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/h2oxpTlI2dA?fs=1&hl=pt_BR&color1=0x5d1719&color2=0xcd311b"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/h2oxpTlI2dA?fs=1&hl=pt_BR&color1=0x5d1719&color2=0xcd311b" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="640" height="505"></embed></object><br /><br /><span style="font-weight:bold;">Música de Marlui Miranda</span><br /><a href="http://cliquemusic.uol.com.br/artistas/ver/marlui-miranda">http://cliquemusic.uol.com.br/artistas/ver/marlui-miranda</a>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5932526587848265003.post-77456513542223889072010-08-23T11:56:00.002-03:002010-08-23T12:18:49.573-03:00Symphony of Science - 'We Are All Connected' (ft. Sagan, Feynman, deGras...Do que me emociona!<br /><br /><object width="640" height="505"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/XGK84Poeynk?fs=1&hl=pt_BR&color1=0x5d1719&color2=0xcd311b"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/XGK84Poeynk?fs=1&hl=pt_BR&color1=0x5d1719&color2=0xcd311b" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="640" height="505"></embed></object><br /><br />tem mais esse: 'The Unbroken Thread'<br /><br /><object width="640" height="385"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/hOLAGYmUQV0?fs=1&hl=pt_BR&color1=0x5d1719&color2=0xcd311b"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/hOLAGYmUQV0?fs=1&hl=pt_BR&color1=0x5d1719&color2=0xcd311b" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="640" height="385"></embed></object><br /><br />É estimulante observar o poder que a ciência tem, em movimentar no fundo de mim, emoções impossíveis de traduzir em palavras... só sentido mesmo!<br />Agora, una a ciência à arte - certamente uma combinação rica e de um poder certeiro de possibilitar aprendizagem a partir de um estado de maravilhamento!<br />Neste caso, ciência com ciência - arte com arte...<br />"A ciência da música, a arte da ciência!"Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5932526587848265003.post-777209321518669462010-08-19T07:27:00.001-03:002010-08-19T07:29:11.075-03:00Magia!!!Há pessoas que passam em nossas vidas com a importante missão de curadores.<br />São como bálsamos para feridas difíceis de cicatrizar, ou então nos fortalecem nos ritos de passagens, mudanças de ciclos. Outras vezes contribuem com energias renovadoras, nos ajudam a enterrar aquilo que não mais nos serve... enfim, existem seres mágicos que passam em nossos caminhos para serem especiais e muitas vezes, nem sabem disso!!!Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5932526587848265003.post-35850489137981486332010-08-18T01:46:00.005-03:002010-08-18T01:55:12.726-03:00Simplesmente, Vida!Acabei de me lembrar de uma cena que ocorreu ontem a caminho do trem...<br />- Para chegar a estação da cptm "Prefeito Saladino" (Santo André), necessário atravessar a Av. do Estado pela passarela, ou se arriscar a atravessar no susto...<br />bem, em um dos lados da passarela haviam dois cachorros, que eu, com minha visão míopi sem óculos já até confundi um deles com um rotwailler... enfim.. eram dois!<br />A principio, meio "indecisos" em atravessar a movimentada avenida, mas eis que um deles "decide" subir a passarela, e o outro, olha a avenida mais um pouco e decide seguir o companheiro!<br />Eu achei a cena fantástica, olhar e ver dois cachorros, lá em cima atravessando a passarela...<br />me arrancou um sorriso largo que durou o dia, depois pensei: Fantástico como encontramos a felicidade nas coisas mais simples!<br />Fico feliz por desenvolver esse olhar a cada dia, o tempo todo. O que também é algo simples de fazer, basta olhar a vida dentro e olhar que há vida tudo em volta!<br />Ah... a presença em si é fundamental!<br /><br />Outra cena fantástica foi a plenária de pássaros no fim do dia em um movimentado <a href="http://w3.ufsm.br/herbarioflorestal/especie_detalhes.php?nome_filtrado=ligustro_alfeneiro&PHPSESSID=d96cdbcb035d242410167a1a6a90c468">Ligustro</a> de Santa Terezinha... todos pássaros presentes, aglomerados e cantando suas histórias de fim do dia!<br /><br />Aiii que coisa boa!Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5932526587848265003.post-13088501260500628842010-07-26T20:20:00.011-03:002011-02-10T17:29:10.345-02:00Seiva da Vida!Voltando de Sampa hoje, depois de longo tempo saltando de condução a condução... precisei dar uma paradinha no banheiro da estação de trem "<a href="http://www.estacoesferroviarias.com.br/t/tamanduatei.htm">Tamanduateí</a>". <br />Para quem gosta muito de beber água há de se confrontar com alguns obstáculos...<br />Se você beber água, na quantidade que os meios de saúde recomendam e que goste, precisará de um banheiro para concluir a filtração de seus fluidos intracelulares... resumindo em miúdos.. fazer xixi.. e vontade de fazer xixi não é tão controlável quanto a vontade de beber água!<br />A questão é que se ficarmos permanentes em algum local de trabalho ou em casa, ok! é só ir ao banheiro... porém, se precisares se locomover entre um ponto e outro... possivelmente terás um problema, afinal a tal vontade de ir ao banheiro poderá surgir em momentos em que o tal "toalete" não existe, ou então se existir.. é "impraticável..."<br />Eu já me questionei, e hoje repeti este questionamento do porque cada estação de trem, de metrô, e estações de ônibus não possuem banheiros "praticáveis (vide o significado nas últimas aspas!).<br />Nâo é o caso do banheiro do Tamanduateí, apesar de ter uma única privada.. está sempre "limpinho" e organizado! Mas quando cheguei e fui lavar minhas mãos, vi que a torneira estava vazando...<br />Eu, mirando aquela água limpinha se esvaindo pelo cano do esgoto, paralisada pela minha impotência momentânea, depois de algum tempo de surto pensei:<br />- Como podemos, nós cidadãos de um planeta em <a href="http://www.fnac.com.br/o-atlas-da-agua-o-mapeamento-completo-do-recurso-mais-precioso-do-planeta-8574026212-FNAC,,livro-24395-3229.html">crise mundial de água</a>, seiva esta que gera vida, responsável pela conexão real de todos os seres e elementos da terra, podemos encarar um vazamento de água com tanta naturalidade?, já se foi o tempo em que isso poderia soar como corriqueiro!<br />Mas de fato temos um problema grave de água, num ponto em que hoje pagamos para tê-la com qualidade, isso levando-se em conta um país riquíssimo em recursos hídricos!<br />Como podemos deixar escorrer por entre os dedos nossa seiva da vida?, em tempos de crises, em tempos em que não somente se fala, mas se vive, experencia o êxodo da água, a guerra da água!<br />Como podemos?<br /><br /><span style="font-weight:bold;">Devíamos ter princípios básicos para o uso e economia da água desde que nascemos, e as instuições públicas (as quais já flagrei incontáveis vezes) deviam ser multadas pelo mínimo de água desperdiçada!</span><br /><br /><span style="font-style:italic;">E nós, cidadãos comuns do cotidiano não deveríamos deixar isso no silêncio!</span><br /><br />Pode até soar estranho algumas das coisas que vou dizer, mas penso que além de precisarmos de Cuidar da Água, de Nos Cuidar com Água, e de poder beber água limpa sem que precisemos consumir <a href="http://penacultura.blogspot.com/2010/06/historia-da-agua-engarrafada.html">água engarrafada</a> (veja o vídeo nesta página), também precisamos de banheiros limpos e disponíveis em nossos caminhos para que o ato de Cuidar de Si (fazer xixi) não seja adiado ou interrompido!<br /><br />Agora, a conexão entre vazamento de água, crise da água e fazer xixi é simplesmente a "água"..rsrsrUnknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5932526587848265003.post-35887477881173725882010-07-20T01:07:00.002-03:002010-07-20T01:09:47.883-03:00Sobre Mulheres Apaixonadas<object width="446" height="326"><param name="movie" value="http://video.ted.com/assets/player/swf/EmbedPlayer.swf"></param><param name="allowFullScreen" value="true" /><param name="allowScriptAccess" value="always"/><param name="wmode" value="transparent"></param><param name="bgColor" value="#ffffff"></param> <param name="flashvars" value="vu=http://video.ted.com/talks/dynamic/IsabelleAllende_2007-medium.flv&su=http://images.ted.com/images/ted/tedindex/embed-posters/IsabelleAllende-2007.embed_thumbnail.jpg&vw=432&vh=240&ap=0&ti=204&introDuration=15330&adDuration=4000&postAdDuration=830&adKeys=talk=isabel_allende_tells_tales_of_passion;year=2007;theme=media_that_matters;theme=master_storytellers;theme=words_about_words;theme=rethinking_poverty;theme=the_creative_spark;event=TED2007;&preAdTag=tconf.ted/embed;tile=1;sz=512x288;" /><embed src="http://video.ted.com/assets/player/swf/EmbedPlayer.swf" pluginspace="http://www.macromedia.com/go/getflashplayer" type="application/x-shockwave-flash" wmode="transparent" bgColor="#ffffff" width="446" height="326" allowFullScreen="true" allowScriptAccess="always" flashvars="vu=http://video.ted.com/talks/dynamic/IsabelleAllende_2007-medium.flv&su=http://images.ted.com/images/ted/tedindex/embed-posters/IsabelleAllende-2007.embed_thumbnail.jpg&vw=432&vh=240&ap=0&ti=204&introDuration=15330&adDuration=4000&postAdDuration=830&adKeys=talk=isabel_allende_tells_tales_of_passion;year=2007;theme=media_that_matters;theme=master_storytellers;theme=words_about_words;theme=rethinking_poverty;theme=the_creative_spark;event=TED2007;"></embed></object><br /><br />Histórias apaixonantes e inspiradoras!!!Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5932526587848265003.post-30083856084286712522010-07-10T15:32:00.009-03:002010-07-10T16:01:03.841-03:00Mulheres que DesaparecemDéa Paulino<br /><br />Flavia Cremonesi<br /><br />Maira Begalli<br /><br />Todos os dias somos bombardeados por imagens iconofágicas que seduzem, atraem, sugam<br />atenções. Imagens que na maioria das vezes estão relacionadas a estilos de vida<br />inacessíveis, entretanto, evangelizados pela troca da mais valia do trabalho. Imagens, mensagens que ilustram, endossam sonhos de status de bens intangíveis, beleza, riqueza,<br />prosperidade, viabilizados pelo dinheiro.<br /><br />A grande maioria dessas imagens se utiliza de mulheres para realizar tal feito. De filmes de<br />Hollywood a bonecas Barbie -hoje não mais exclusivamente loiras e alvas [1] -existe um<br />comando zero que mixa algumas leis rígidas da estética: pele brilhante, cabelos sedosos,<br />magreza, cinturas e pernas finas, quadril e seios grandes (CAMBRIDGE DOCUMENTARY FILMS, 2010).<br /><br />E cada vez mais, um número maior de jovens mulheres belas se submetem a procedimentos<br />para modificarem suas aparências em busca de externalizar o "eu" perfeito. Um caso que<br />exemplifica a "tendência": Heidi Montag atriz de 23 anos. "I'm living in my skin, and I look<br />in the mirror and it's my career and my life, and you only have one. So, I want to take<br />advantage of everything and be the best me, in and out, every way" (NUDD, 2010).<br /><br />Aspirante a cantora, Heidi estampou a capa da revista People de fevereiro de 2010 com suas<br />dezenas de procedimentos para, segundo ela, revelar o "the best me" (GARCIA, 2010).<br /><br />"Heidi Montag antes e depois"<br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjukfc5_QU44TiQSYDNAP0JRfkiQ5pH_I2ETqw18Jse_OfJLMJL2rxfP4z5odBHdnLNvAFSbiUryGUxx4dOowqiH7cCtrvSjrA8W5K7tkruO3fxc4ib52K3sOZbG45pS6qD5izQmrBqjSDC/s1600/1.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 240px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjukfc5_QU44TiQSYDNAP0JRfkiQ5pH_I2ETqw18Jse_OfJLMJL2rxfP4z5odBHdnLNvAFSbiUryGUxx4dOowqiH7cCtrvSjrA8W5K7tkruO3fxc4ib52K3sOZbG45pS6qD5izQmrBqjSDC/s400/1.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5492353014701416658" /></a><br />GARCIA, 2010<br /><br />Na busca desse arquétipo mais-que-perfeito, muitas mulheres "trocam de identidade",<br />alteram sua forma natural, construindo avatares daquilo que acreditam que podem ser. Uma<br />busca constante, por vezes, alimentada na cultura fragmentada vigente em raízes plásticas<br />enterradas, que certas vezes levam à escolhas equivocadas que contrariam o self de algo<br />mais profundo. Um cenário de ilusões no qual se acredita que o dinheiro pode preencher<br />vazios e edificar vidas.<br /><br />Muitas dessas mulheres, também acreditam que suas "belezas sempre intactas" vão<br />proporcionar fama. Fama que lhes rendera reconhecimento, aceitação e no final do ciclo<br />dinheiro para comprar coisas, comprar sonhos [ver 2].<br /><br />O velho truque de se deixar seduzir pela tal "Carruagem Dourada", por degraus ilusórios, da<br />escadaria de um castelo que não existe. Afinal há algo na fome que nos priva o raciocínio e<br />cria seres funcionais-superficiais [ver 3 e 4]. Mulheres que desaparecem, se perdem em suas<br />imagens privando-se de alimento, afeto, relacionamentos.<br /><br />Mas, o que desapereceu? Os instintos, a conexão com o intuitivo herdado de gerações<br />ancestrais, de mulheres selvagens conectadas com a natureza, com sua própria natureza.<br /><br />Na Floresta<br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg9Ne9VEyEiTqGs1vd_Qhd7-x-_juy1urM3jACpFwZlEWHPbRWwAR6IdqrmZSUyQWcm6k_I9dgw0yaJkmGiHHEnBmq6Te0JJfdnfnZrIcxNINDMBZ-QOP-VVzRPIb7kh2bfI3DJsQMOfcR2/s1600/2.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 264px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg9Ne9VEyEiTqGs1vd_Qhd7-x-_juy1urM3jACpFwZlEWHPbRWwAR6IdqrmZSUyQWcm6k_I9dgw0yaJkmGiHHEnBmq6Te0JJfdnfnZrIcxNINDMBZ-QOP-VVzRPIb7kh2bfI3DJsQMOfcR2/s400/2.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5492353368773095138" /></a><br />GIBRAN, 2010<br /><br />"Quando se ignora a natureza selvagem da mulher e a julgamos pelo que ela aparenta ser,<br />pode-se vir a ter uma grande surpresa, pois, quando a natureza primitiva da mulher emerge<br />das profundezas e começa a se afirmar, é freqüente que ela tenha interesses, sentimentos e<br />idéias muito diferentes dos que manifestava antes" (ESTÉS, 1992).<br /><br />Assim as mulheres, nós mulheres, nos perdemos em meio aos ciclos. Afinal já não os<br />reconhecemos. São os novos ritos de passagem sob um vazio de significados dos anseios<br />femininos, dos movimentos que criam e morrem. A estudante Geyse Arruda -conhecida<br />como a "garota de vestido rosa da UNIBAN" - vivenciou esses ritos [ver 5].<br /><br />Da menina com curvas acentuadas e roupinhas curtas, passou para mulher repaginada,<br />financiada por uma proposta solidária de mutirão, de clientes de um salão de cabeleireiro de<br />luxo. Seis mulheres ratearam o valor de sua transformação o equivalente a R$ 32 mil reais<br />em 'solidariedade' [ver 6].<br /><br />Ainda, muitas mulheres passaram a conciliar com suas rotinas práticas físicas que tem<br />resultado em modificações corporais latentes. Atividades que lhes exigem disciplina na<br />alimentação e nos treinos [ver 7]. Tais mulheres também desaparecem, na sua figura frágil<br />que precisa ser acolhida e protegida para um arquétipo guerreiro e não brutalizado.<br /><br />Re-estética Feminina<br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjt1_NlBQ1BMpw_h07sckMG8I8IMs8aLRvxY-_BGBf347E9hv9TlDLWFdK5AMKVziGC0P-YTE1R7nPcXRdjVsGrfogTjifxeLYgfb_o57TbWcYTpbdct1hLRa_pIr1tpWyjDKbFMiJRUNwJ/s1600/3.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 268px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjt1_NlBQ1BMpw_h07sckMG8I8IMs8aLRvxY-_BGBf347E9hv9TlDLWFdK5AMKVziGC0P-YTE1R7nPcXRdjVsGrfogTjifxeLYgfb_o57TbWcYTpbdct1hLRa_pIr1tpWyjDKbFMiJRUNwJ/s400/3.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5492353574584727730" /></a><br />REVISTA ÉPOCA, 2010<br /><br />A ausência dos sentimentos mais profundos de uma mudança mais complexa extingui<br />continuamente a luz do belo-invisível. Uma forma dolorosa de vida latente, que apresenta-se<br />fugaz e cruel. Ciborgues reféns da estética que obedecem um sistema de valores tão<br />desprovido de vida que sofrem uma perda extrema de vínculo com a alma" (ESTÉS,<br />1992).<br /><br />Do outro lado, faz-se necessário conhecer os arquétipos do self, do novo feminino. E, assim<br />recordar os instintos ancestrais, afiá-los, trazer à luz a intuição, os elos perdidos que foram colocados a venda em prateleiras vulgares da nossa sociedade, inventar novos mitos [ver 8].<br /><br />Trata-se de construção e adaptação de corpos, almas, avatares. O raqueamento do "eu" de<br />mulheres ciborgues: "é uma questão de ficção e experiência vivida que muda o que conta<br />como a experiência das mulheres no século XX" (HARAWAY, 2010).<br /><br />O poder do corpo e o PODER no corpo: possibilidades<br /><br />Podemos considerar o corpo um sensor instintivo, uma rede de informações. Através<br />do corpo enviamos mensagens pelas quais comunicamo-nos com o mundo. Através da<br />comunicação entre os sistemas do corpo entramos em contato com a nossa verdadeira<br />história. A mulher plastificada, sacrificada, pede socorro. Clama por atenção por ignorar<br />aquilo que desconhece.<br /><br />Nossas ancestrais eram consideradas belas não pelos seios siliconados ou pelo baixo peso<br />que faz as mulheres, por assemelharem-se aos cabides, sentirem-se melhores em suas<br />roupas caras. As mulheres que nos antecederam, e que ainda guardamos instintivamente na<br />memória do inconsciente, valorizavam o poder cultural no corpo em detrimento do poder do<br />corpo - que torna-se cada vez mais raro.<br /><br />Sentiam-se – e eram – atraentes pelas formas, avantajadas ou não, através das quais<br />reconheciam-se mulheres; pelo modo de sorrir e caminhar; pelo movimento discreto dos<br />quadris; pela leveza e intimidade de seus corpos com a dança, e, principalmente, por serem<br />conscientes de que com esses corpos, que hoje poderiam ser considerados “imperfeitos”,<br />eram seres criadores, capazes de gerar e nutrir vidas ou multiplicarem-se através da arte.<br /><br />No mundo contemporâneo que, sobretudo nas metrópoles, nos afasta cada vez mais daquilo<br />que convencionou-se denominar “natureza” – as paisagens, rios, plantas e animais -, as<br />mulheres afastaram-se também da natureza feminina. Atravessamos o “Ser ou não ser”<br />shakespeareano, para vivermos de acordo com o “Parecer ser”, que rege a sociedade atual.<br /><br />As mulheres mutiladas e/ou sacrificadas em nome do poder do corpo ignoram que, mesmo<br />distantes da floresta, permanecem árvores. Seremos sempre nutridas pelas vozes de nossas<br />ancestrais, sábias, que viveram em corpos semelhantes àqueles que nos definem como<br />mulheres -e que deveriam transformar-se com o tempo e a experiência, não como<br />experimento.<br /><br />Caberá às árvores, hoje dolorosamente esculpidas em formas ressequidas de valores e<br />desprovidas de flores e frutos -que lhe dariam, além da beleza real e suas idiossincrasias,<br />a utilidade -adaptarem-se ao meio em que vivemos. Silenciosas, nossas raízes suplicam por<br />cuidado enquanto exploram as profundezas do solo ainda fértil.<br /><br />Tornando-se consciente do poder que existe no corpo, do poder que é nutrido pelas<br />lembranças instintivas e ancestrais, a mulher estará diante da possibilidade de tornar-se<br />senhora de si. A natureza feminina, mesmo relegada, não nos abandona. A árvore que somos<br />espera ser força e folhagens verdes. Pretende ser sombra acolhedora e sementes para as<br />gerações que nos sucederão.<br /><br />A força que existe nas raízes que nos torna árvores frondosas é como um tesouro que<br />precisa, e quer, ser encontrado; um tesouro que não é fácil ou óbvio como cirurgias, dietas e exercícios, mas que, por ter valor inestimável, acaba revelando, e transmitindo, o que há de melhor em todas nós.<br /><br /><br />Notas<br /><br />[1] <a href="http://30ealguns.com.br/2010/02/barbies-negras/">http://30ealguns.com.br/2010/02/barbies-negras/</a><br />[2] <a href="http://srtabia.com/2010/02/mulher-e-midia-salario-twitess-edredon-etc/">http://srtabia.com/2010/02/mulher-e-midia-salario-twitess-edredon-etc/</a><br />[3] <a href="http://vejasp.abril.com.br/revista/edicao-2152/o-duro-caminho-de-sabrina-sato-rumo-fama">http://vejasp.abril.com.br/revista/edicao-2152/o-duro-caminho-de-sabrina-sato-rumo-fama</a><br />[4] <a href="http://vejasp.abril.com.br/revista/edicao-2152/sabrina-sato-300-000-reais-por-mes-com-ar-de-eterna-bobinha">http://vejasp.abril.com.br/revista/edicao-2152/sabrina-sato-300-000-reais-por-mes-com-ar-de-eterna-bobinha</a><br />[5] <a href="http://colunas.epoca.globo.com/mulher7por7/2009/12/01/a-transformacao-de-geisy/">http://colunas.epoca.globo.com/mulher7por7/2009/12/01/a-transformacao-de-geisy/</a><br />[6] <a href="http://colunas.epoca.globo.com/mulher7por7/2009/12/16/geisy-arruda-ganhou-cirurgia-de-r-32-mil/commentpage-64/">http://colunas.epoca.globo.com/mulher7por7/2009/12/16/geisy-arruda-ganhou-cirurgia-de-r-32-mil/commentpage-64/</a><br />[7] <a href="http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI121559-15228,00-A+BELEZA+DA+FORCA.html">http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI121559-15228,00-A+BELEZA+DA+FORCA.html</a><br />[8] <a href="http://imaginarios.net/dpadua/?p=254">http://imaginarios.net/dpadua/?p=254</a><br /><br />Referências Bibliográficas<br /><br />CAMBRIDGE DOCUMENTARY FILMS. Killing us Softly. 1987. Disponível em http://www.tvlinks.<br />eu/display.php?data=Mjg3NDQ0. Acessado em 20 de janeiro de 2010.<br /><br />ESTÉS, Clarissa Pinkola. Mulheres Que Correm Com os Lobos: Mitos E Historias do<br />Arquétipo da Mulher Selvagem. Coleção Arco do Tempo. 9ª Edição. Editora Rocco: Rio<br />de Janeiro, 1992.<br /><br />GARCIA, Jennifer. PEOPLE MAGAZINE: Heidi Montag: Addicted to Plastic<br />Surgery.Publicado em 13 de janeiro 2010. Disponível em http://www.people.com/people/<br />article/0,,20336472,00.html. Acessado em 19 de fevereiro de 2010.<br /><br />GIBRAN, Khalil Gibran. Na Floresta. Publicado em 20 de agosto 2009. Disponível em<br />http://www.youtube.com/watch?v=4gIwWMMgURY. Acessado em 11 de fevereiro de 2010.<br /><br />HARAWAY, Donna. A Cyborg Manifesto: Science, Technology, and Socialist-Feminism<br />in the Late Twentieth Century. in Simians, Cyborgs and Women: The Reinvention of<br />Nature. Rotledge: New York, 1991, p.149-181. Disponível em http://www.stanford.edu/<br />dept/HPS/Haraway/CyborgManifesto.html. Acessado em 19 de fevereiro de 2010.<br /><br />NUDD, Tim. PEOPLE MAGAZINE: Heidi Montag: My Surgeries Aren't an Addiction.<br />Publicado em 19 de janeiro 2010. Disponível em http://www.people.com/people/article/<br />0,,20337744,00.html. Acessado em 19 de fevereiro de 2010.<br /><br />REVISTA ÉPOCA. A Beleza da Força. Publicado em 12 de fevereiro 2010. Disponível em<br />http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/1,,EMI121711-17445,00.html. Acessado em<br />15 de fevereiro de 2010.Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5932526587848265003.post-46608293954143997532010-06-21T02:07:00.000-03:002010-06-21T02:08:42.285-03:00Eita vontade de sentir a poeira da estrada!<object width="640" height="385"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/OyXez3vQgUk&hl=pt_BR&fs=1&color1=0x006699&color2=0x54abd6"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/OyXez3vQgUk&hl=pt_BR&fs=1&color1=0x006699&color2=0x54abd6" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="640" height="385"></embed></object>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5932526587848265003.post-87611141983524639872010-06-21T00:40:00.002-03:002010-07-27T20:36:13.436-03:00A história da água engarrafada...Na mesma linha do vídeo "A história das coisas", com informações de grande importância e sentimentos análagos...<br /><br /><object width="640" height="385"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/J2xnHYpadzo&hl=pt_BR&fs=1?color1=0x5d1719&color2=0xcd311b"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/J2xnHYpadzo&hl=pt_BR&fs=1?color1=0x5d1719&color2=0xcd311b" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="640" height="385"></embed></object>Unknownnoreply@blogger.com0