sexta-feira, 26 de novembro de 2010

A direção do amor

"Às vezes não existem palavras que estimulem a coragem. Às vezes é preciso simplesmente mergulhar. Tem de haver em algum ponto da vida de um homem um período em que ele confie na direção que o amor o levar, em que ele tenha mais medo de ficar confinado a algum leito rachado do rio seco da psique do que de estar solto num território exuberante porém inexplorado. Quando uma vida é excessivamente controlada, cada vez há menos vida a controlar." - Clarissa Pinkola Estés

Um comentário:

Marcelo Campello disse...

Sou um homem, que tem uma águia...
e como minh´alma, passeia no espaço
em busca de vento que lhe sustentem
o vôo, e o peso de ser tão leve...
Em busca de um braço, que derreta a neve...

Eu sou aquele que está cansado, e ainda avança...
Sou quem abriga o pastor do Cáucaso...
Gengis Kan é um antigo amigo,
Com ele entorno meu vinho na taberna
Absorvo seus conselhos

Eu desejo a mulher que me deseje livre
Que cavalgue o terreno acidentado de meu pasto
E adentre cada fresta da floresta
e beije as árvores na caverna.
Mas nunca com lanternas...
Apenas na luz da lua, ou das velas

Eu desejo a mulher que tem defeitos...
A mulher que traga muitas mulheres por dentro
Eu desejo a mulher com muitas vidas, e veias... varizes
A mulher que traga sementes nas artérias
E que nos semeemos...
Eu respiro pela mulher que chora...
A que entoa canções belas e lamentos...
E respeito sua historia...

Lanço versos em seu rastro
Deixo pistas...
Pétalas...
Lágrimas...
Armadilhas...
Porque sei que ela é selvagem...
E precisa de um braço para pousar
de seu vôo solitário de águia renovada

Escrevo livros para que leias...
Esse poema
Confuso... atrapalhado...

Sei que entendes os sinais...
Nao preciso ser perfeito
E agradeço

Espalho meu cheiro e
meu ouro em seu travesseiro

Mares atravesso...
Contorno continentes...
Oceanos...
Navego ainda cego pelo brilho
do farol que pulsa naquela ilha
longínqua

Me aproximo, ... tocando a flauta antiga
Ou o violino!

Vejo em seus olhos... ela esta ferida...
Um espinho
no Arco-Íris!

Da-me a pata, loba líder da matilha
Alimento seus filhotes
Minha carne em pedaços te conforta

Me devore feiticeira
Ai dentro estarei mais protegido,
Eu seu seio!

O Asteróide B612 vazio deseja de igual e intensa maneira
Aquela rosa abandonada e vaidosa...
O seu príncipe...
Abre-me os braços, a ilha desconhecida portuguesa...
É meu espelho...
Aqui deito minha bandeira,
Ergo o estandarte colorido...
Golpeio meu tambor dentro do peito
Galopeio!

Cavalguemos, cavalguemos...
Lado a lado... Codo a Codo
De mãos dadas, enlaçados...

O planeta povoado...