sábado, 23 de janeiro de 2010

Dois lados de uma mesma moeda....

Recebi um email de um amigo que está circulando pela net (sem autor e tals), se não fosse lógico poderia dizer: é um spam... mas como é coerente a reflexão, decidi postar aqui...

"Outro dia, entrei num supermercado para comprar orégano e adquiri uma embalagem (saquinho) do produto, contendo 3 g, ao preço de R$1,99.
Normalmente esse tipo de produto é vendido nos supermercados em embalagens que variam de 3 a 10 g. Cheguei em casa e resolvi fazer os cálculos e constatei que estava pagando R$663,33 pelo kg do produto. Será que uma especiaria vale tudo isso ? Agora, com mais este exemplo abaixo de produtos vendidos em pequenas porções, fico com a sensação que as indústrias se utilizam "espertamente" desse procedimento para desorientar o consumidor, que perde totalmente a percepção real do valor que está pagando pelos produtos.
Acho que todos os fabricantes e comerciantes, deveriam ser obrigados por lei (mais uma?) a estamparem em locais visíveis, os valores em kg, em metro, em litro e etc. de todas e quaisquer mercadorias com embalagens inferiores aos seus padrões de referência.
Entendo que todo consumidor tem o sagrado direito de ter a percepção correta e transparente do valor cobrado pelos fabricantes e comerciantes em seus produtos."

"Vejam o absurdo: Você sabe o que custa quase R$ 13.575,00 o litro ?
Resposta: Tinta de Impressora!
Você já tinha feito o cálculo?"

"Veja o que estão fazendo conosco. Já nos acostumamos aos roubos e furtos, e ninguém reclama mais. Há não muito tempo atrás, as impressoras eram caras e barulhentas. Com as impressoras a jatos de tinta, as impressoras matriciais domésticas foram descartadas, pois todos foram seduzidos pela qualidade,velocidade e facilidade das novas impressoras.
Aí, veio a "Grande Sacada" dos fabricantes: oferecer impressoras cada vez mais e mais baratas, e
cartuchos cada vez mais e mais caros. Nos casos dos modelos mais baratos, o conjunto de cartuchos pode custar mais do que a própria impressora.
Olhe só o cúmulo: pode acontecer de compensar mais trocar a impressora do que fazer a reposição de cartuchos."

VEJA ESTE EXEMPLO:

"Uma HP DJ3845 é vendida, nas principais lojas, por aproximadamente R$170,00..
A reposição dos dois cartuchos (10 ml o preto e 8 ml o colorido), fica em torno de R$130,00.
Daí, você vende a sua impressora semi-nova, sem os cartuchos, por uns R$ 90,00 (para vender rápido). Junta mais R$ 80,00, e compra uma nova impressora e com cartuchos originais de fábrica. Os fabricantes fingem que nem é com eles; dizem que é caro por ser "tecnologia de ponta". Para piorar, de uns tempos para cá passaram a DIMINUIR a quantidade de tinta (mantendo o preço).
Um cartucho HP, com míseros 10 ml de tinta, custa R$ 55,99. Isso dá R$ 5,59 por mililitro.
Só para comparação, a Espumante Veuve Clicquot City Travelle custa, por mililitro, R$ 1,29. Acrescentando: as impressoras HP 1410, HP J3680 e HP3920, que usam os cartuchos HP 21 e 22, estão vindo somente com 5 ml de tinta!
A Lexmark vende um cartucho para a linha de impressoras X, o cartucho 26, com 5,5 ml de tinta colorida, por R$75,00.
Fazendo as contas: R$75,00 / 5.5ml = R$ 13,63 o ml. > R$13,63 x 1000ml = R$ 13.636,00"

"Veja só: R$ 13.636,00 , por um litro de tinta colorida. Com este valor, podemos comprar, aproximadamente:

* 300 gr de OURO;

* 3 TVs de Plasma de 42';

* 1 UNO Mille 2003;

* 45 impressoras que utilizam este cartucho;

* 4 notebooks;

* 8 Micros Intel com 256 MB."

Pense nisso!

Tudo isso sem dizer da obsolescência programada, obsolescência perceptiva, venda casada e tals...
mas para fazermos uma reflexão em que ponto chegamos com a Política do "consumismo", veja este vídeo que mostra também um outro lado da mesma moeda...



Avalie e veja como você consegue se libertar armadilhas do consumo.... pelo menos o quanto consegue, afinal não é tão simples, digo de cadeira ;)

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Amadurecência

A poesia prevalece!!!
O primeiro senso é a fuga.
Bom...
Na verdade é o medo.
Daí então a fuga.
Evoca-se na sombra uma inquietude
uma alteridade disfarçada...
Inquilina de todos nossos riscos...
A juventude plena e sem planos... se esvai
O parto ocorre. Parto-me.
Aborto certas convicções.
Abordo demônios e manias
Flagelo-me
Exponho cicatrizes
E acordo os meus, com muito mais cuidado.
Muito mais atenção!
E a tensão que parecia não passar,
"O ser vil que passou pra servir...
Pra discernir..."
Pra harmonizar o tom.
Movimento, som
Toda terra que devo doar!
Todo voto que devo parir
Não dever ao devir
Não deixar escoar a dor!
Nunca deixar de ouvir...

com outros olhos!

Composição: Fernando Anitelli

sábado, 9 de janeiro de 2010

A poluição não te afeta???

Um Engenheiro conta história para o filho dormir

O filho quer dormir e pede ao pai ( Engenheiro) para contar uma história. Ele conta a dos três porquinhos.
"Meu Filho, era uma vez três porquinhos, P1, P2 e P3, e um Lobo Mau, por definição, LM, que os vivia atormentando.
P1 era sabido e já era formado em Engenharia. P 2 era arquiteto e vivia em fúteis devaneios estéticos, absolutamente desprovidos de cálculos rigorosos. P3 fazia Estilismo e Moda.
LM, na Escala Oficial da ABNT para medição da Maldade (EOMM), era Mau nível 8,75 (arredondando a partir da 3ª casa decimal para cima). LM também era um mega investidor imobiliário sem escrúpulos e cobiçava a propriedade que pertencia aos Pn (onde 'n' é um número natural e varia entre 1 e 3), visto que o terreno era de boa conformidade geológica e configuração topográfica. Mas, nesse promissor perímetro, P1 construiu uma casa de tijolos, sensata e logicamente planejada, toda protegida e com mecanismos automáticos.
Já P2 montou uma casa de blocos articulados feitos de mogno, que mais parecia um castelo lego tresloucado. Enquanto P3 planejou no Autocad e montou ele mesmo, com barbantes e isopor como fundamentos, uma cabana de palha com teto solar, e achava aquilo 'o máximo'.
Um dia, LM foi até a propriedade dos suínos e disse, encontrando P3: - 'Uahahhahaha, corra, P3, porque vou gritar, e vou gritar e chamar o CREA para denunciar sua casa de palha projetada por um formando em Comunicação e Expressão Visual!' Ao que P3 correu para sua amada cabana, mas quando chegou lá os fiscais do CREA já haviam posto tudo abaixo. Então P3 correu para a casa de P2. Mas quando chegou lá, encontrou LM à porta, batendo com força e gritando: 'Abra essa porta, P2, ou vou gritar, gritar e gritar e chamar o Greenpeace, para denunciar que você usou madeira nobre de área não-reflorestada s e areia de praia para misturar no concreto.' Antes que P2 alcançasse a porta, esta foi posta abaixo por uma multidão ensandecida de eco-chatos que invadiram o ambiente, vandalizaram tudo e ocuparam os destroços, pixando e entoando palavras de ordem.
Ao que segue P3 e P2 correm para a casa de P1. Quando chegaram na casa de P1, este os recebe, e os dois caem ofegantes na sala de entrada.
P1: 'O que houve?'
P2: - 'LM, lobo mau por definição, nível 8.75, destruiu nossas casas e desapropriou os terrenos.'
P3: - 'Não temos para onde ir. E agora, que eu farei? Sou apenas um formando em Estilismo e Moda!' Tum-tum-tum- tum-tuuummm! !!! (isto é somente uma simulação de batidas à porta, meu filho! o som correto não é esse.)
LM: - 'P1, abra essa porta e assine este contrato de transferência de posse de imóvel, ou eu vou gritar e gritar e chamar os fiscais do CREA em cima de você!!! e se for preciso até aquele tal de CONFEA.'
Como P1 não abria (apesar da insistência covarde do porco arquiteto e do...do... estilista), LM chamou os fiscais. Quando estes lá chegaram, encontraram todas as obrigações e taxas pagas e saíram sem nada argüir.
Então LM gritou e gritou pela segunda vez, e veio o Greenpeace, mas todo o projeto e implementação da casa de P1 era ecologicamente correta. Cansado e esbaforido, o vilão lupino resolveu agir de forma irracional (porém super comum nos contos de fada): ele pessoalmente escalou a casa de P1 pela parede, subiu até a chaminé e resolveu entrar por esta, para invadi-la.
Mas quando ele pulou para dentro da chaminé, um dispositivo mecatrônico instalado por P1 captou sua presença por um sensor térmico e ativou uma catapulta que impulsionou, com uma força de 33.300 N (Newtons), LM para cima com uma inclinação de 32,3° em relação ao solo.
Este subiu aos céus, numa trajetória parabólica estreita, alcançando o ápice, onde sua velocidade vertical chegou a zero, a 200 metros do chão.
Agora, meu filho, antes que você pegue num repousar gostoso e o Papai te cubra com este edredom macio e quente, admitindo que a gravidade vale 9,8m/s², calcule:
a) a massa corporal do lobo.
b) o deslocamento no eixo 'x' do lobo, tomando como referencial a chaminé.
c) a velocidade de queda de LM quando este tocou o chão (desconsidere o atrito pela resistência do ar).

Boa noite!"

Na roda...

“Nós nos acostumamos com facilidade à preguiça da mente, sobretudo porque muitas vezes essa preguiça se esconde sob a aparência de atividade: corremos de um lado para outro, fazemos cálculos e damos telefonemas. No entanto, tudo isso ocupa apenas os níveis mais toscos e elementares da mente. E oculta o que existe de essencial em nós.” (Dalai Lama, O Livro de Dias, Sextante)