terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Um mundo sem lixo

A ONG Curadores da Terra cria projeto de lei que pretende tornar isso realidade

O projeto chamado Lixo Zero é uma iniciativa inédita e um tanto ousada: acabar de vez com os resíduos sólidos. A ONG Curadores da Terra formulou este projeto que visa utilizar esses resíduos como substitutos de materiais da construção civil. Essa idéia partiu do arquiteto e fundador da ONG, Sergio Prado, que, depois de muita pesquisa, descobriu na periferia de São Paulo a solução para o problema do descarte de resíduos. Sergio conheceu uma pessoa que utilizava plástico derretido na construção de sua casa. Por ser feito de petróleo, um material que leva anos para se decompor na natureza, o plástico começou a ser utilizado em aplicações mais permanentes. Preocupado com as questões ambientais, Sergio gostou da idéia e passou a desenvolver diversos projetos com o reaproveitamento de garrafas PET em suas obras.


Um exemplo de arquitetura sustentável feito de taipa e garrafas PET
A partir disso, passou a pesquisar novas tecnologias, novos materiais e descobriu o Plástico PU (Poliuretano), um plástico vegetal, feito com o óleo da mamona. Além de biodegradável, esse plástico tem uma consistência muito mais elástica e, quando misturado a um catalisador, serve como cola aglutinadora.

Com a finalidade de reduzir a quantidade de lixo nos aterros sanitários, reduzir os gastos públicos, gerar empregos e proporcionar moradia por um menor custo, o projeto prevê uma série de políticas públicas para a utilização desse material em arquitetura sustentável e energia renovável.
O Projeto de Lei nº 1269, que decreta o Programa "Lixo Zero, Arquitetura Sustentável e Energia Renovável", entrou em vigor a partir do dia 30 de outubro de 2007, com a sua publicação no Diário Oficial e deverá ser regulamentada pelo Poder Executivo no prazo de 90 dias. Para o cumprimento dessa lei, o Poder Executivo deverá organizar os esforços de sete secretarias para que o lixo da sua casa realmente chegue até os programas adequados de reaproveitamento.
O Programa "Lixo Zero, Arquitetura Sustentável e Energia Renovável" contará com a participação integrada das seguintes secretarias de Estado: Secretaria do Meio Ambiente, de Agricultura e Abastecimento, Secretaria de Desenvolvimento, Secretaria de Habitação, Secretaria de Saneamento e Energia, Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social e Secretaria da Fazenda. Cada secretaria terá metas e compromissos para que o projeto se desenvolva de forma conjunta.

Mais +++: http://www.triangulo.org.br/portal/index.php?option=com_content&task=view&id=504&Itemid=274

5 comentários:

Anônimo disse...

Um mundo sem lixo é impossível.

Diminuir a quantidade de lixo, talvez.

Mas nem com um programa destes. Pode-se colocar a quantidade de garrafas que quiser na arquitetura, na construção civil, mas o ritmo desenfreado de produção não deixará nunca que isso acabe.

Não esquecemos, também, que um dos grandes volumes de lixo vem da construção civil - justamente onde querem colocar este outro... esquisito isso né? Colocar um lixo no dentro de um grande gerador de lixo e achar que o lixo vai acabar...

Querer diminuir a quantidade de lixo através destas ações é querer enxugar gelo.

Diminuir a quantidade de lixo é trabalhar para a sua não geração.

Políticas públicas para acabar com a obsolescência planejada; para diminuir a descartabilidade dos produtos; para termos embalagens mais eficientes, menores e menos perdulárias; para uma alimentação mais saudável pela qual as pessoas BEBAM MENOS REFRIGERANTES...

Mas isso é fazer alguns setores da sociedade perder dinheiro - ou deixar de ganhar tanto - né?

Tenho outras discussões acerca disso no meu blog. Serão todos bem-vindos.

Abraços.

Flávia Cremonesi disse...

Voltando a bloggar!

Caro Declev!, concordo contigo em gênero e grau!, impossível mesmo acabar com o lixo, com certeza a história está mesmo na redução de consumo, desde sua produção e isso é minha bandeira também, porém o que já foi gerado e o que ainda será gerado necessita de uma destinação e se não for a reciclagem que seja paliativa como na reutilização.

Vejo que é melhor deixar um produto em uso (onde quer que seja) do que mandá-lo para um aterro, lugares esses que são da realidade de São Paulo, região sudeste e sul também, e não tão realidade assim... já que o percentual frente à quantidade de lixões é ridícula, e além disso já não temos muitos espaços para construção de novos "lixões" e aterros, saturar os já existentes é o que devemos tentar desacelerar.

A construção civil é uma grande geradora de lixo sim, mas felizmente já existem frentes de construções sustentáveis e planejadas, onde há gestão de resíduos para a reutilização destes no próprio empreendimento; trata-se de um movimento que está ganhando peso e forma e tenho reais esperanças que continue crescendo, esta matéria demonstra isso de uma forma um tanto romântica, mas minha visão frente à estas questões são mais pragmáticas.
Agradeço e muito seus comentários, foram de suma importância para minhas reflexões.

Abraços!

Animaniacos disse...

minha filha vc tem cara que escuta manuchao pow se escuta fala pra min ! (romario-toic@hotmail.com)blz!

Flávia Cremonesi disse...

Ei garoto, este é um espaço onde a premissa é o respeito, portanto não é lugar para comentários ridículos.
Vá brincar em outro lugar.

Anônimo disse...

Eu ja tenhu a solusao para o lixo do mundo.
Estou patentiando meu projeto e vou tentar arumar um patrocinio!
o lixo realmente e uma questao muito seria e se Deus quiser minha solusao ira dar mto certo!
se vcs quiserem saber mais um pouco sobre isso peguem meu msn:lu_kiinhas@hotmail.com

Desculpe pelos erros de ortografia e que meu Windows e sp3 em ingles e algumas letras e acentos nao estao configurados
Obrigado a todos.